5 respostas sobre a Influenza A (H1N1)

Afinal, o que é a Influenza A (H1N1)?

É uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. O quadro clássico tem inicio abrupto com febre, mialgia (dores musculares e articulações) e tosse seca.

O vírus influenza A, é altamente transmissível e mutável.

O vírus influenza tipo “A” é encontrado em várias espécies animais, sendo as aves aquáticas silvestres seu principal reservatório. O tipo “A” é o responsável pelas pandemias periódicas de influenza, a partir de aves e suínos, e posterior adaptação para transmissão interhumana.

A Influenza ou Gripe A, causada pelo vírus A H1N1 foi originalmente batizada de gripe suína, mas pela possibilidade desse nome gerar confusão entre a população que poderia acreditar que a doença pode ser adquirida pelo consumo de carne de porco – o que é incorreto – abalando o mercado de suinocultura, a doença foi rebatizada.

A Influenza A (H1N1) mata?

Assim como qualquer outra gripe, pode matar. A letalidade média das gripes sazonais é de 0,5%, enquanto outras, mais virulentas, como a gripe aviária tem a letalidade de 50%. Contudo, ainda não há uma estatística precisa sobre a letalidade deste novo tipo de gripe. O motivo é que os óbitos, por enquanto, ocorreram apenas em outros países, principalmente no México e as estatísticas não são seguras o suficiente para se afirmar que outros casos, menos sintomáticos, também estejam sendo registrados no País, o que diminuiria o atual índice de 6% de letalidade, que ainda não é confiável.

Como a Influenza A (H1N1) pode ser transmitida?

A Influenza A (H1N1), diferentemente da gripe aviária, que era transmitida de animais para seres humanos, se propaga de pessoa para pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Eventualmente também pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de pequenas partículas residuais dessecadas, que podem ser levadas a distâncias maiores.

A influenza tem altas taxas de ataque, disseminando-se rapidamente na comunidade e em ambientes fechados.

O período de incubação varia entre um a sete dias com um período de transmissibilidade de dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.

Como a Influenza A (H1N1) é tratada?

Para o tratamento de infecção humana pelo vírus da Influenza A(H1N1), está indicado o uso do medicamento Oseltamivir, também conhecido como "Tamiflu", somente para os casos que se enquadrarem nas definições de caso suspeito, provável ou confirmado e que tenham idade igual ou superior a 1 ano. A utilização do medicamento deve ser realizada em, no máximo, até 48 horas a partir da data de início dos sintomas.

O controle do estoque é feito pelo próprio Ministério da Saúde, que enviará doses para os tratamentos de maneira paulatina para as Secretarias Estaduais de Saúde conforme demanda apresentada.

Contudo, o uso medicamentoso será tratado com extremo rigor, não apenas pela possibilidade de efeitos colaterais do uso indiscriminado do referido remédio, mas principalmente pela capacidade de adaptação do vírus, o que pode gerar resistência do vírus para com o medicamento, perdendo a sua eficácia.

Quais são as medidas de Controle e Prevenção da Influenza A (H1N1)?

As medidas de controle devem ser adotadas, baseadas em intervenções não farmacológicas, para reduzir o risco de adquirir ou transmitir a influenza A(H1N1), como:

  • Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz, e após tossir, espirrar ou usar o banheiro

  • Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;

  • Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;

  • Evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas;

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados

  • Manter os ambientes ventilados;

  • Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

Fonte: Ambiente Brasil