Zoológico no Irã sacrifica 14 leões infectados por bactéria

Funcionários do zoológico Eram, em Teerã, no Irã, sacrificaram 14 leões doentes, informou nesta segunda-feira (17) o jornal estatal iraniano Jam e Jam. Segundo a reportagem, os animais foram mortos por estarem infectados pela bactéria Burkholdelia mallei.

A bactéria é causadora da doença conhecida como mormo ou lamparão (do inglês médio glaundres ou do francês antigo glandres, ambos significando "glândulas"), que é uma doença infecciosa que ataca primariamente cavalos, asnos e mulas, podendo também ser contraída por outros animais, tais como cachorros, gatos, bodes e inclusive o homem.


No Brasil, o Ministério da Agricultura recomenda que o animal diagnosticado com mormo seja sacrificado “imediatamente”.

A infecção causada pela bactéria Burkholderia mallei, geralmente é transmitida pela ingestão de água ou comida contaminada. Os sintomas do mormo incluem lesões nodulares nos pulmões, mucosas nasais e gânglios linfáticos, além de corrimento viscoso nas narinas.

Ao jornal Jam e Jam, um veterinário local disse que a morte dos leões pode estar relacionada a problemas de gerência na instituição, que permanece fechada. Já o gerente do zoológico, Amir Elhami, afirmou à televisão estatal iraniana que a bactéria causadora da morte dos leões foi trazida ao local por meio de um tigre infectado doado pela Rússia.

O Irã enviou dois leopardos persas à Rússia em abril do ano passado em troca dois tigres siberianos. Um deles morreu no fim de dezembro.

O tigre russo trazido ao país carregava a bactéria do mormo e não contraiu a doença no Irã
disse Elhami à televisão iraniana.

Outra reportagem publicada na agência estatal de notícias da Rússia, Ria Novosti, destaca a acusação de Elhami e afirma que a doença mormo
[...] não é endêmica na Rússia, mas comum no Oriente Médio. Os tigres passaram por check-up de saúde completo antes de serem enviados ao Irã e o mormo não foi detectado
disse à Novosti o coordenador da organização não governamental (ONG) WWF na Rússia, Vladimir Krever.

Fonte: Ambiente Brasil