Nova gripe: metade da população dos EUA deve ser vacinada

Quase metade da população dos Estados Unidos deve ser vacinada contra a nova gripe. Cerca de 160 milhões americanos devem ter que tomar a dose no início da campanha, segundo autoridades americanas de saúde.

Inicialmente, porém, o número de vacinas deve chegar a 120 milhões de pessoas no país.

Mais cedo, especialistas que assessoram o governo americano disseram que as mulheres grávidas devem ser as primeiras pessoas vacinadas contra a gripe H1N1.

A afirmação foi feita durante um encontro promovido pelo CDC (Centro de Controle de Doenças, pela sigla em inglês), agência federal responsável pelo monitoramento da doença no país, o mais afetado pela pandemia até agora.

A nova cepa apresenta um risco especial às grávidas e a vacinação protege também os recém-nascidos, disse o médico Anthony Fiore, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, em uma reunião de consultores em vacinas do CDC.

A recomendação do CDC foi acatada por um Comitê Consultivo de Práticas de Imunização, formado por especialistas.

Ele disse que uma comissão do CDC decidiu que cerca de 42 milhões de americanos devem ser vacinados primeiro: mulheres grávidas; pais e pessoas que cuidam de crianças pequenas; trabalhadores do setor de saúde; crianças até quatro anos; crianças com problemas crônicos que possam trazer complicações em caso de contaminação pelo vírus; e, finalmente, adultos saudáveis entre 19 e 24 anos.

A comissão explicou que os adultos jovem são prioridade porque eles estão mais expostos à infecção e porque eles são os que mais espalham o vírus pela sociedade.

A gripe H1N1 está agora tão difundida que a Organização Mundial da Saúde deixou de contabilizar os casos país por país. Sanitaristas temem que ela se agrave, especialmente quando começar a temporada sazonal de gripes no Hemisfério Norte, no outono boreal.

O governo dos EUA contratou a produção de 195 milhões de doses da vacina contra a gripe H1N1 para uma possível campanha de vacinação no outono. A secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, disse neste mês que o governo pagará a conta. Ainda não se sabe quando esse total de doses estará disponível.

Fonte: G1