Fadiga mental pode induzir fadiga física, diz estudo

Isso talvez não seja surpresa, mas pesquisadores agora conseguiram demonstrar experimentalmente que o trabalho mental é fisicamente exaustivo. Em um estudo britânico publicado pela revista Journal of Applied Physiology, pesquisadores recrutaram 10 homens e seis mulheres para participar de um exercício de computador que requeria concentração, memória e velocidade de reação.

Depois, eles se exercitaram em uma bicicleta estacionária até a exaustão - ou seja, até que estivessem fisicamente incapacitados de manter um ritmo de 60 giros por minuto. Em outro dia, como controle, seus exercícios físicos foram precedidos por 90 minutos que eles dedicaram a assistir documentários sobre automóveis e trens.

Ainda que não existissem diferenças significativas em termos de indicadores fisiológicos (batimento cardíaco, produção cardíaca e outros), sob as duas condições, os ciclistas apresentaram consistentemente um resultado semelhante, e se cansavam cerca de 15% mais rápido depois de realizar os exercícios mentais do que depois de assistir aos documentários.

Aparentemente, seus resultados inferiores de exercícios depois do esforço mental eram causados não por uma perda de desempenho físico em seus corpos, mas pela exaustão mental.

"Isso testa se o cérebro pode, por si só, limitar o desempenho físico, e os resultados obtidos indicam que sim, ele tem essa capacidade", afirmou Samuele Marcora, o diretor científico da pesquisa, professor sênior de fisiologia na Universidade de Bangor, País de Gales.

"Se você deseja melhorar ao máximo a forma física, a melhor solução é se dedicar aos exercícios em momentos em que não esteja sofrendo de fadiga mental".

Fonte: Terra