
Em um ato oficial na Casa Branca, Obama disse que a ciência não está brigada com os valores morais. "Apoiaremos vigorosamente os cientistas que buscam estas pesquisas", disse.

O decreto dá ainda o prazo de quatro meses aos Institutos Nacionais de Saúde para apresentarem novas regras sobre o assunto. De acordo com o consultor científico Harold Varmus, Obama delega assim às instituições a tarefa de decidir se é ético e legal arcar com as despesas com tais pesquisas.
"Vamos dar um apoio vigoroso aos cientistas encarregados das pesquisas", disse.

O presidente assinou ainda uma promessa de "restaurar a integridade científica na tomada de decisões federais".
Grupos religiosos conservadores condenam as pesquisas que levam à destruição de embriões, por verem nisso uma prática correlata ao aborto. Os cientistas dizem que tais pesquisas podem levar à cura de inúmeras doenças degenerativas. Normalmente, os embriões usados nas pesquisas são descartados em clínicas de fertilização.
Há pesquisas com células-tronco de origem não-embrionária, mas ao menos por enquanto os cientistas consideram que os embriões são uma vertente mais promissora do trabalho. "O presidente, na prática, está autorizando verbas federais para a pesquisa com células-tronco embrionárias humanas na medida em que isso é permitido por lei", explicou Varmus, ex-diretor dos Institutos Nacionais de Saúde e também presidente do Centro Memorial Sloan-Kettering do Câncer, em Nova York, e consultor de Obama.
"Não haverá tentativa explícita para redigir quais serão tais diretrizes", explicou.
Fonte: Folha Online