
Os resultados de cair o queixo estão relatados na edição desta semana da revista científica internacional "PNAS". A equipe liderada por Brendan Roark, da Universidade Stanford, extraiu amostras de dois gêneros de coral, o Gerardia (que pode ser visto na foto acima) e o Leiopathes, que podem ser encontrados a profundidades que vão de 300 m a 500 m em águas havaianas. Esses invertebrados usam protuberâncias do solo marinho para se fixar e crescer.
Ao realizar datações por carbono-14, semelhantes às que servem para estimar a idade de fósseis, os pesquisadores chegaram às idades inacreditáveis citadas acima. Os corais são organismos coloniais, ou seja, vários "indivíduos" se juntam num só corpo e crescem juntos, dividindo funções como captura de alimento e excreção. Ao que parece, enquanto partes desses superorganismos iam morrendo, outras cresciam no lugar, chegando a vários milênios de existência contínua num único "corpo".
Segundo os pesquisadores, não é incomum que animais de regiões muito profundas tenham crescimento lento e grande longevidade, mas o caso dos corais é fora de série. É praticamente certo que eles sejam os organismos coloniais mais antigos da Terra. Como eles são explorados para fazer jóias, os cientistas alertam que isso pode levar ao extermínio das espécies, uma vez que elas crescem muitíssimo devagar.
Fonte: Portal Biologia