De acordo com publicação da universidade, as abelhas conseguem encontrar o caminho mais curto entre flores, mesmo que elas não estejam ordenadas.
Elas são capazes de resolver o Problema do Caixeiro Viajante, que propõe a descoberta do menor caminho que o viajante deve fazer para que visite uma série de cidades, sempre retornando à sua cidade inicial. O problema tem alta complexidade e o esforço computacional cresce exponencialmente com o tamanho do problema, ou seja, o número de cidades - neste caso, flores.
Segundo o professor Lars Chittka, da Escola de Ciências Biológicas e Químicas, as abelhas precisam fazer isso constantemente, ou seja, sempre calcular a menor distância entre flores para otimizar sua busca por néctar, encontrando seu caminho de volta para a colmeia.
Isso não é nada trivial, principalmente se você tem o cérebro do tamanho da cabeça de um alfinete.comenta o pesquisador. Chittka destaca que para resolver o mesmo tipo de problema, computadores podem levar dias.
Utilizando flores artificiais controladas por computador, a equipe testou se as abelhas seguiriam rotas quaisquer entre elas, mas, em pouco tempo, os animais descobriram a rota mais curta.
Os cientistas esperam que o entendimento de como um cérebro tão pequeno consegue realizar cálculos tão complexos possa ajudar no desenvolvimento de redes e sistemas de comunicação mais modernos e eficientes, sem que sejam necessários supercomputadores.
O site PopSci lembra ainda que as abelhas possuem outras capacidades muito interessantes, como o reconhecimento de rostos humanos e o monitoramento da qualidade do ar.
Fontes: Terra Notícias, PopSci